A onda de frio siberiano que atinge a Europa há cerca de dez dias causou novas vítimas que elevam o registro de mortos por hipotermia a por volta de 360, sem contar com as mortes causadas por acidentes em estradas, por aquecedores defeituosos ou inundações pelo derretimento da neve.
Veja fotos da onde de frio em toda a Europa
O Leste do continente pagou o preço mais alto nas últimas 24 horas, com nove mortos pelo frio na Polônia, segundo a polícia, fazendo o número chegar a 62 desde 27 de janeiro.
A maioria das vítimas era de sem-teto ou estava embriagada. Também houve vários incêndios e intoxicações por monóxido de carbono, devido a aquecedores em mau estado.
Na Ucrânia, 135 pessoas morreram desde que começou a onda de frio, quatro delas no domingo, informou o ministério de situações de emergência.
O diretor do departamento de resgate do ministério, Grigori Martchenko, informou que desde 27 de janeiro, 85.000 pessoas se dirigiram aos 3.300 postos de assistência onde podem se aquecer e comer comida quente.
Na Lituânia, doze pessoas morreram de frio durante o fim de semana, aumentando para 23 o número de vítimas fatais, informou nesta segunda-feira o serviço de socorro.
Os últimos números disponíveis davam conta de pelo menos 10 mortos na Letônia e um na Estônia.
Na República Tcheca, a onda de frio deixou pelo menos 23 mortos. Na Eslováquia foi registrado pelo menos um.
Na Bulgária, oito pessoas morreram afogadas na segunda-feira em inundações provocadas pelo derretimento da neve no sul do país, perto da fronteira com a Turquia.
Previsão
Para os próximos dias, a Bulgária prevê importantes tempestades de neve e temperaturas de até 17 graus Celsius negativos. Dez pessoas morreram por causa do frio no fim de janeiro.
Na Hungria, doze pessoas morreram nos últimos três dias, anunciaram nesta segunda-feira as autoridades em Budapeste.
Na Romênia, o número de pessoas afetadas pela onda de frio chegou na segunda-feira a 36 mortos, segundo o Ministério da Saúde. O ministério da Educação anunciou que as escolas ficarão fechadas na terça e na quarta-feira em onze departamentos (estados) e em Bucareste.
Nos Bálcãs, o número de mortos chegou a 18 nesta segunda-feira: dez na Sériva, três na Croácia, três na Bósnia, um em Montenegro e um na Macedônia.
A Sérvia decretou na noite de domingo "situação de emergência" por causa do frio e da nave. Setenta mil sérvios de povoados isolados estavam isolados do mundo e 5.000 km de estradas permaneciam fechados.
Na Itália, o balanço era de 21 mortos nesta segunda. As temperaturas continuavam muito baixas no norte, registrando 10 graus Celsius negativos em Milão, enquanto a neve caiu nos arredores de Nápoles, no sul.
Na tarde desta segunda-feira (6), 29 mil lares estavam sem eletricidade, quase todos na região de Roma, onde foi decretado estado de catástrofe natural e o alerta meteorológico foi mantido até a sexta-feira.
O fantasma de um grave apagão elétrico pairava nesta segunda-feira sobre a França, especialmente no sudeste mediterrâneo e na Bretanha (oeste). O número de mortos pela onda de frio no país era de quatro pessoas.
A Suíça registrou na noite de domingo um novo recorde de frio para este ano, com temperatura de 35,1°C negativos em Samedan, no cantão de Grisons, no leste do país, segundo o serviço meteorológico nacional.
O frio na Suíça causou transtornos no tráfego ferroviário. As linhas de trem ficaram bloqueadas e tiveram que ser esquentadas com aquecedores, o que provocou vários atrasos.
Na Grã-Bretanha, o tráfego aéreo voltou quase à normalidade em Heathrow, principal aeroporto europeu, onde a neve causou o cancelamento de quase a metade dos 1.300 voos previstos no domingo.
A onda de frio também chegou ao norte da África. Na Argélia, a neve e o mau tempo provocaram desde a sexta-feira a morte de 19 pessoas.
Na Tunísia foram registradas nevascas no noroeste e nas regiões do Interior, isolando povoados e interrompendo estradas, mas não houve vítimas.
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