Homem passeia pela neve em Skopje, na Macedônia| Foto: Robert Atanasovski/AFP

A onda de frio siberiano que atinge a Europa há cerca de dez dias causou novas vítimas que elevam o registro de mortos por hipotermia a por volta de 360, sem contar com as mortes causadas por acidentes em estradas, por aquecedores defeituosos ou inundações pelo derretimento da neve.

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Veja fotos da onde de frio em toda a Europa

O Leste do continente pagou o preço mais alto nas últimas 24 horas, com nove mortos pelo frio na Polônia, segundo a polícia, fazendo o número chegar a 62 desde 27 de janeiro.

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A maioria das vítimas era de sem-teto ou estava embriagada. Também houve vários incêndios e intoxicações por monóxido de carbono, devido a aquecedores em mau estado.

Na Ucrânia, 135 pessoas morreram desde que começou a onda de frio, quatro delas no domingo, informou o ministério de situações de emergência.

O diretor do departamento de resgate do ministério, Grigori Martchenko, informou que desde 27 de janeiro, 85.000 pessoas se dirigiram aos 3.300 postos de assistência onde podem se aquecer e comer comida quente.

Na Lituânia, doze pessoas morreram de frio durante o fim de semana, aumentando para 23 o número de vítimas fatais, informou nesta segunda-feira o serviço de socorro.

Os últimos números disponíveis davam conta de pelo menos 10 mortos na Letônia e um na Estônia.

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Na República Tcheca, a onda de frio deixou pelo menos 23 mortos. Na Eslováquia foi registrado pelo menos um.

Na Bulgária, oito pessoas morreram afogadas na segunda-feira em inundações provocadas pelo derretimento da neve no sul do país, perto da fronteira com a Turquia.

Previsão

Para os próximos dias, a Bulgária prevê importantes tempestades de neve e temperaturas de até 17 graus Celsius negativos. Dez pessoas morreram por causa do frio no fim de janeiro.

Na Hungria, doze pessoas morreram nos últimos três dias, anunciaram nesta segunda-feira as autoridades em Budapeste.

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Na Romênia, o número de pessoas afetadas pela onda de frio chegou na segunda-feira a 36 mortos, segundo o Ministério da Saúde. O ministério da Educação anunciou que as escolas ficarão fechadas na terça e na quarta-feira em onze departamentos (estados) e em Bucareste.

Nos Bálcãs, o número de mortos chegou a 18 nesta segunda-feira: dez na Sériva, três na Croácia, três na Bósnia, um em Montenegro e um na Macedônia.

A Sérvia decretou na noite de domingo "situação de emergência" por causa do frio e da nave. Setenta mil sérvios de povoados isolados estavam isolados do mundo e 5.000 km de estradas permaneciam fechados.

Na Itália, o balanço era de 21 mortos nesta segunda. As temperaturas continuavam muito baixas no norte, registrando 10 graus Celsius negativos em Milão, enquanto a neve caiu nos arredores de Nápoles, no sul.

Na tarde desta segunda-feira (6), 29 mil lares estavam sem eletricidade, quase todos na região de Roma, onde foi decretado estado de catástrofe natural e o alerta meteorológico foi mantido até a sexta-feira.

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O fantasma de um grave apagão elétrico pairava nesta segunda-feira sobre a França, especialmente no sudeste mediterrâneo e na Bretanha (oeste). O número de mortos pela onda de frio no país era de quatro pessoas.

A Suíça registrou na noite de domingo um novo recorde de frio para este ano, com temperatura de 35,1°C negativos em Samedan, no cantão de Grisons, no leste do país, segundo o serviço meteorológico nacional.

O frio na Suíça causou transtornos no tráfego ferroviário. As linhas de trem ficaram bloqueadas e tiveram que ser esquentadas com aquecedores, o que provocou vários atrasos.

Na Grã-Bretanha, o tráfego aéreo voltou quase à normalidade em Heathrow, principal aeroporto europeu, onde a neve causou o cancelamento de quase a metade dos 1.300 voos previstos no domingo.

A onda de frio também chegou ao norte da África. Na Argélia, a neve e o mau tempo provocaram desde a sexta-feira a morte de 19 pessoas.

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Na Tunísia foram registradas nevascas no noroeste e nas regiões do Interior, isolando povoados e interrompendo estradas, mas não houve vítimas.