O presidente de fato da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, e o líder que teria vencido as eleições, Alassane Ouattara, foram acusados na terça-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU) de usar crianças como soldados, enquanto europeus e americanos defenderam as operações internacionais na Costa do Marfim.

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Na terça, o presidente americano, Barack Obama, saiu em defesa da atuação da França e da ONU na Costa do Marfim e exigiu a saída de Gbagbo. "Para que essa violência e banho de sangue acabem, o ex-presidente Gbagbo precisa renunciar imediatamente e instruir aqueles que estão lutando em seu nome a deixar as armas", disse.

Em um comunicado, a ONU garantiu que recebeu informações da cúpula do grupo de Gbagbo de que as tropas entregariam suas armas. Mas a entidade admite que, longe das negociações, execuções em massa continuaram a ocorrer. Entre as vítimas, estariam várias crianças.

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"Menores estão sendo usados pelas forças dos dois lados do conflito", acusou Anthony Lake, diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo ele, o assassinato de crianças estaria sendo um dos maiores dramas da guerra marfinense. O Unicef pediu que o uso de crianças como soldados conste numa investigação sobre a violência no país. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.