A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmaram nesta terça-feira que ainda é possível encontrar sobreviventes nos escombros do terremoto ocorrido na terça-feira da semana passada no Haiti. "A esperança persiste. Ainda há esperança", afirmou Elizabeth Byrs, porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).

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Segundo ela, mais de 90 pessoas foram retiradas dos escombros com vida, no esforço internacional para se buscar sobreviventes do terremoto de 7 graus na Escala Richter. "O clima está moderado, há bolsões com ar (entre os escombros). A forma como as construções ruíram criou grandes espaços", disse Elizabeth. "O problema é a desidratação, mas no momento ainda há uma chance." Além da capital, Porto Príncipe, os tremores também levaram destruição a cidades próximas, como Jacmel, ao sul de Porto Príncipe, e Carrefour, Gressier e Leogane, a oeste.

O OCHA afirma que as prioridades agora incluem "assistência médica, lidar com os corpos, abrigos, água e comida e condições sanitárias". Comida e tendas têm chegado ao país, mas o acesso ao combustível, essencial para o transporte dos itens essenciais tem se tornado uma questão fundamental.

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O Programa Mundial de Alimentos planeja enviar 37.855 litros de diesel por dia para a vizinha República Dominicana para reduzir o problema, informou o OCHA em comunicado. "O combustível tornou-se um tema crucial", disse Emilia Casella, porta-voz da agência da ONU de alimentos.

Paraquedas

O Exército dos Estados Unidos entregou ontem alimentos por paraquedas no Haiti. Anteriormente, autoridades norte-americanas haviam rechaçado a possibilidade de utilizar esse método por considerá-lo arriscado demais. Uma porta-voz do Comando Sul afirmou que a Força Aérea C-17 partiu da Base Pope, na Carolina do Norte, e lançou 14.500 porções de alimentos prontos para consumo, além de 15 mil litros de água, em uma zona a 8 quilômetros a noroeste de Porto Príncipe.

As autoridades militares estudam agora se esse método foi suficientemente seguro, para que seja utilizado por todo o Haiti. Na semana passada, o secretário de Defesa, Robert Gates, disse que a entrega por paraquedas não ocorreria, pois ela poderia trazer mais danos que benefícios. De acordo com ele, havia a possibilidade de distúrbios, já que não existiria estrutura em terra para repartir esses mantimentos.

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