A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira (16) em Nova York por ampla maioria uma resolução que condena a repressão do regime do presidente sírio, Bashar al Assad, contra a população civil na Síria.

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A resolução, apresentada na Assembleia Geral menos de duas semanas depois do veto de Rússia e China a uma iniciativa semelhante no Conselho de Segurança, foi aprovada por 137 votos a favor, 12 contra e 17 abstenções.

Entre aqueles que se opuseram à resolução estão Rússia, China, Irã e os países latino-americanos da Alba (Alternativa Bolivariana para os Povos da Nossa América, formada entre outros por Venezuela, Cuba, Bolívia e Nicarágua).

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Uma primeira resolução denunciando a situação na Síria foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 19 de dezembro por 133 votos a favor, 11 votos contra e 53 abstenções (entre eles Rússia e China).

Diferentemente do Conselho de Segurança, na Assembleia Geral da ONU não existe o direito a veto, apesar de ao mesmo tempo suas decisões não serem vinculantes.

O texto expressa a "grave preocupação" pela deterioração da situação na Síria e condena as "sistemáticas e amplas violações aos direitos humanos e às liberdades fundamentais por parte das autoridades sírias".

Além disso, insiste na necessidade de aplicar o plano proposto pela Liga Árabe, que prevê uma transição a um sistema democrático e pluripartidário, sem mencionar de forma expressa que o presidente sírio, Bashar al Assad, ceda seu cargo.

Ao apresentar o texto, o embaixador egípcio diante da ONU pediu, em nome da Liga Árabe, uma "resposta imediata" diante de uma "inaceitável escalada" na Síria, deixando claro de todas as formas sua "rejeição a uma intervenção estrangeira".

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Por sua vez, o representante permanente da Venezuela diante da ONU, embaixador Jorge Valero, acusou o Ocidente de buscar "tornar a Síria em um protetorado".

"Denunciamos diante do mundo que potências imperiais e seus aliados se propuseram a provocar uma mudança de regime na Síria, ainda às custas de maior derramamento de sangue", afirmou.

Tal como havia ocorrido no Conselho de Segurança, a Rússia tinha exigido sem sucesso várias emendas ao projeto, entre elas apagar a lista de abusos cometidos por Damasco contra civis e exigir "o fim dos ataques por grupos armados" da oposição síria.

Segundo organizações humanitárias, ao menos 6.000 pessoas morreram na Síria desde o início da revolta, em meados de março passado. Apenas desde 3 de fevereiro, morreram em Homs ao menos 377 civis, incluindo 29 crianças, segundo a Anistia Internacional.

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