O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunirá extraordinariamente ainda neste domingo (5) para debater as implicações do lançamento de um foguete de longo alcance por parte da Coreia do Norte, informaram as agências internacionais de notícias.
Quinze integrantes iniciarão às 16h de Brasília a reunião de emergência, solicitada sobretudo pelo Japão - o míssil sobrevoou o país -, disse Marco Morales, porta-voz do presidente do Conselho este mês, o mexicano Claude Heller.
Os ministros do Exterior de Japão e Coreia do Sul, Hirofumi Nakasone e Yu Myung Hawn, respectivamente, buscarão resposta da ONU para o que eles consideraram "uma provocação norte-coreana". Ambos disseram que a operação da Coreia do Norte viola resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Lançamento
Após adiar a operação por um dia, a Coreia do Norte lançou neste domingo (sábado à noite em Brasília) um foguete de longo alcance que teoricamente estaria levando um satélite de comunicações à órbita da Terra. A ação levou tensão à Ásia.
Embora a Coreia do Norte não tenha divulgado dados do lançamento, o míssil subiu por volta de 11h30 local (23h30 deste sábado, 4, no Brasil).
Minutos antes, o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, convocou seu Conselho de Segurança Nacional para analisar a situação e acompanhar o desfecho do lançamento. O porta-voz presidencial, Lee Dong-Kwan, afirmou que o país responderá "firmemente diante da provocação".
O governo japonês, que prometia abater qualquer míssil que atravessasse o país, disse que não tentou interceptar o foguete norte-coreano, mesmo depois de o equipamento sobrevoar seu território em direção ao Oceano Pacífico.
O porta-voz do governo japonês, Takeo Kawamura, divulgou nota afirmando que o sobrevoo "foi sumamente lamentável".
Os EUA também lamentaram a operação norte-coreana. O porta-voz do Departamento de Estado, Fred Lash, disse que a ação "é uma provocação".
Tanques de combustível
Segundo as agências internacionais de notícias, uma parte do míssil, supostamente um primeiro tanque de combustível, foi desconectada e caiu no Mar do Japão, a mais de 160 km da costa japonesa. O segundo estágio do voo previa que outro tanque ainda iria se desligar do equipamento, e cair no Pacífico, a cerca de 1.200 km do Japão.