Um esboço da resolução de salvaguardas nucleares, que deve ser aprovada na próxima quinta-feira (24) pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), deve começar a estabelecer os parâmetros legais para ações militares e diplomáticas contra países que usam tecnologia nuclear civil para fins militares, enquanto a administração de Barack Obama faz pressão para fortalecer os controles internacionais sobre a proliferação nuclear.
O esboço da resolução, obtido pelo "The Wall Street Journal", diz que os países que fornecem material nuclear e equipamentos sob os termos do Tratado de Não-proliferação Nuclear (TNP) devem "ter o direito de exigir" sua devolução se os recebedores não cumprirem ou se retirarem do tratado. O documento também diz que se um país encerrar as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), "as salvaguardas devem continuar no que diz respeito a qualquer material nuclear e equipamentos" deixados para trás.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez da proliferação nuclear, especialmente do programa nuclear iraniano o centro de seus esforços diplomáticos em seu primeiro encontro na Assembleia Geral da ONU. Ele usou seu prestígio pessoal e o prestígio de seu país como o primeiro presidente dos Estados Unidos a presidir uma reunião do Conselho de Segurança na quinta-feira. A resolução sobre não-proliferação de armas pode ser a vitória mais tangível de sua semana inaugural na ONU, disseram analistas de controle de armas.
A resolução pode não ser um importante salto, mas inicia o estabelecimento de parâmetros que podem ser usados contra países como a Coreia do Norte, que se retirou do Tratado de Não-proliferação depois de construir uma infraestrutura nuclear aparentemente para uso pacífico, ou o Irã, que ainda é signatário, mas sobre quem pesam suspeitas de que esteja usando a tecnologia nuclear para um programa de armamentos.
O Tratado de Não-proliferação Nuclear, assinado em 1968, estabeleceu que países que não possuem armas nucleares poderiam ter acesso à tecnologia nuclear para uso energético e científico contanto que renunciassem à busca de armas nucleares. Em troca, os países que possuem armamentos nucleares concordaram em trabalhar pelo desarmamento. As informações são da Dow Jones.
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