A ONU e organizações não-governamentais humanitárias fizeram nesta segunda-feira (18) um apelo conjunto por uma ajuda de 58,6 milhões de dólares para as 128,7 mil vítimas do conflito na Geórgia.

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O dinheiro seria usado para oferecer alimentos, remédios, abrigo, água, saneamento e outros itens durante seis meses, segundo nota encabeçada pelo Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês).

A crise começou no dia 7, quando a Geórgia mobilizou tropas para tentar retomar o controle da Ossétia do Sul, região separatista e etnicamente diversa que desde a década de 1990 goza de autonomia sob proteção russa. Moscou reagiu enviando ocupando militarmente a Ossétia do Sul e parte da Geórgia propriamente dita.

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As verbas solicitadas apoiariam 9 agências da ONU e 16 ONGs. Agentes humanitários se queixam de dificuldades de acesso aos necessitados, que além do mais estão muito espalhados.

"Além de pessoas desabrigadas, continuamos seriamente preocupados com o drama de outras populações afetadas - muitas das quais ainda temos de alcançar e avaliar a amplitude das suas necessidades", disse Catherine Bragg, vice-diretora da Ocha.

"Embora a fase mais aguda da violência pareça ter passado, até que haja uma paz firme no país precisamos estar preparados para reagir a uma situação humanitária crítica e flutuante".

Bragg lembrou que doadores já prometeram 23 milhões de dólares. O Acnur (órgão da ONU para refugiados) começou a levar ajuda por via aérea, e no domingo o primeiro comboio chegou à cidade georgiana de Gori, que está sob ocupação russa.

Antonio Guterres, alto-comissário da ONU para refugiados, deve passar de terça a sexta-feira visitando a Geórgia e Rússia.

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