Diversos países, organizações não-governamentais (ONGs) e entidades internacionais repudiaram ontem o assassinato atribuído às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) do governador Luis Francisco Cuéllar, do Departamento (Estado) de Caquetá. O crime foi condenado por Brasil, Estados Unidos, União Europeia (UE), Organização dos Estados Americanos (OEA) e Organização das Nações Unidas (ONU).
"Para o direito internacional humanitário, tomar reféns é crime de guerra e a morte do governador confere extrema gravidade à prática recorrente dessa infração por esse grupo guerrilheiro", diz o comunicado da ONU em Bogotá, que exorta as Farc a soltar seus reféns. "Esta atrocidade e barbárie merece o rechaço da comunidade internacional, que apoia os esforços para a paz da Colômbia", disse o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza. Também se pronunciaram as ONGs Anistia Internacional e a Human Rights Watch.
Para o cientista político Pedro Medellín, a estratégia da guerrilha é contraditória. "Ela continua a reivindicar apoio internacional para seu projeto de ser reconhecida como um grupo beligerante, mas parece não entender que degolar um governador simplesmente para demonstrar força não é uma boa estratégia para conseguir isso", disse.
Em entrevista ao jornal colombiano "El Tiempo", Alfredo Rangel, da Fundação Segurança e Democracia, disse que o governo pode ter subestimado os resultados de sua política de segurança. "Eles baixaram a guarda por excesso de confiança", disse Rangel. Nos Departamentos de Caquetá, Nariño e Meta, as operações de segurança foram reduzidas em 30%.
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