O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse nesta quarta-feira (13) estar preparado para contribuir com o envio de tropas de paz às duas regiões separatistas da Geórgia, Abházia e Ossétia do Sul.
Além disso, ele ofereceu os "bons ofícios" da ONU para ajudar a restaurar a paz e a segurança na região, onde há seis dias Rússia e Geórgia travam uma guerra pelo controle da Ossétia do Sul.
As duas repúblicas separatistas, etnicamente distintas do resto da Geórgia, gozam de autonomia desde o começo da década de 1990, sob proteção russa, embora a comunidade internacional não reconheça sua independência.
Na semana passada, a Geórgia enviou tropas para tentar retomar a Ossétia, o que provocou uma forte reação militar da Rússia.
A ONU mantém desde 1993 uma pequena missão de observação, desarmada, na Abkházia, monitorando a trégua entre os separatistas locais e o governo georgiano.
O envio de tropas de paz armadas à Geórgia, como pede Tbilisi, exigiria aprovação do Conselho de Segurança da ONU, onde a Rússia tem poder de veto. Aparentemente em razão disso, a entidade global assume um papel limitado desde o início da crise.
O Conselho já realizou cinco sessões de emergência sobre o caso, mas não chegou a um acordo sobre como pedir um cessar-fogo. As reuniões foram marcadas por acaloradas discussões e trocas de insultos entre os representantes de EUA e Rússia, em cenas que evocavam a Guerra Fria.
A França, que preside a União Européia neste semestre, está mediando a crise e foi encarregada de redigir uma resolução do Conselho convocando tropas de paz para monitorar o cessar-fogo declarado nesta semana.
O texto deve ser propositalmente vago a respeito do tamanho e localização dessa força de paz, segundo diplomatas europeus. "Isso provavelmente será discutido depois", disse um deles.
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