O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um alerta neste domingo (3) sobre a situação de cerca de 200 mil pessoas que foram obrigadas a fugir depois que as cidades de Sinyar e Tal Afar, ambas no Iraque, fossem tomadas pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI).
Através de seu porta-voz, Ban expressou sua "mais profunda preocupação pela segurança destes civis" e pediu apoio a todos os iraquianos, lembrando as partes em conflito sobre a obrigatoriedade de facilitar acesso às organizações humanitárias e dar assistência aos habitantes que fogem da violência.
Segundo a ONU, as forças do EI conquistaram as cidades de Sinyar e Tal Afar, na província de Ninawa, e vários campos petrolíferos na fronteira com o Curdistão, próximo à fronteira com a Síria.
Como consequência, milhares de civis deixaram suas casas, a maioria membros da comunidade yadizí, uma minoria religiosa curda, e seguiram em direção às montanhas da cidade.
No comunicado de seu porta-voz, Ban lembrou que "qualquer ataque sistemático" contra civis por sua "origem étnica, crenças religiosas ou confissão pode constituir um crime contra a humanidade" pelo qual os responsáveis deverão pagar.
Além disso, Ban chamou a atenção sobre a crise humanitária gerada no Iraque como consequência do avanço dos jihadistas e chamou o governo de Bagdá e às autoridades regionais curdas para "deixarem de lado suas diferenças" e trabalharem juntos em uma resposta às "necessidades urgentes" da população.
O diplomata sul-coreano assegurou que a ONU está preparada para apoiar os esforços das duas partes para dar resposta à situação dos deslocados pelo conflito.
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