O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu neste sábado um cessar-fogo para o conflito entre Israel e os palestinos na Faixa de Gaza.
O comunicado do conselho, aprovado por todos os seus 15 membros, pede a redução da violência, a restauração da calma e a retomada de negociações diretas entre israelenses e palestinos com o objetivo de chegarem a um amplo acordo de paz, tendo como base a solução de dois Estados.
O comunicado pede a "reinstituição do cessar-fogo de novembro de 2012" intermediado pelo Egito, mas não estabelece um prazo para que a medida seja adotada.
O enviado palestino na ONU, Riyad Mansour, disse que os palestinos entendem que o cessar-fogo deve entrar em vigor imediatamente.
Ele disse que os palestinos acompanharão de perto se os israelenses responderão ao pedido do conselho, destacando que, caso contrário, "temos uma série de ferramentas em nosso arsenal".
O comunicado para a imprensa, que não tem peso de lei mas reflete a opinião internacional, é a primeira resposta do mais poderoso organismo da ONU ao que acontece na região, tema que divide profundamente o conselho.
Os Estados Unidos, o mais importante aliado de Israel, defende os ataques israelenses em resposta à grande quantidade de foguetes disparados de Gaza em direção ao território israelense, mas outros membros do conselho condenam os ataque israelenses que, segundo Mansour, mataram ou feriram mais de 1.000 palestinos. Em Israel, não foram registradas mortes decorrentes dos foguetes palestinos.
O comunicado do conselho não menciona diretamente nem os disparos de foguete do Hamas nem a resposta israelense. Em fez disso, o documento expressa "sérias preocupações no que diz respeito à crise relacionada a Gaza e a proteção e bem-estar dos civis dos dois lados", além de pedir "respeito à lei humanitária internacional, o que inclui a proteção de civis"
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