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energia verde

ONU pede debate mais sofisticado sobre biocombustíveis

Os países devem adotar uma abordagem muito mais sofisticada no desenvolvimento de biocombustíveis como uma opção de energia verde se quiserem beneficiar a economia, o meio ambiente e a sociedade como um todo, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira.

Os biocombustíveis são produzidos principalmente em lavouras de alimentos, como trigo. milho, cana-de-açúcar e óleos vegetais e seus defensores argumentam que eles são uma boa maneira de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, que contribuem com a mudança climática.

Críticos, por outro lado, afirmam que os biocombustíveis, na verdade, pioram a situação ao levar à destruição de ecossistemas, oferecer economia de energia limitada e ao tirar as lavouras de uma cadeia de alimentos que já sofre para atender a demanda da crescente população mundial.

Um importante relatório do programa da ONU para o Meio Ambiente (Unep) divulgado nesta sexta-feira afirmou que, como todas novas tecnologias, os biocombustíveis apresentam oportunidades e desafios.

"Por essa razão um debate mais sofisticado é urgentemente necessário", disse o diretor-geral do Unep, Achim Steiner, a repórteres.

"Em um nível, é um debate sobre quais lavouras de energia produzir e onde, e também sobre a maneira que diferentes países e empresas de biocombustíveis promovem e gerenciam a produção... Algumas são claramente favoráveis ao clima, outras são altamente questionáveis."

Steiner disse também que esse debate envolve uma escolha sobre como usar recursos fundiários limitados e equilibrar interesses competitivos em um mundo com 6 bilhões de pessoas, número que deve subir para 9 bilhões até 2050.

"O relatório deixa claro que os biocombustíveis têm um papel a desempenhar no futuro, mas também enfatiza que podem existir opções melhores para combater a mudança climática, melhorar o modo de vida rural e conseguir o desenvolvimento sustentável que pode, ou não, transformar mais plantações e os restos de plantações em combustíveis líquidos."

O estudo, o primeiro do Painel Internacional para o Gerenciamento de Recursos Sustentáveis do Unep, afirma que alguns biocombustíveis de primeira geração, como o etanol de cana-de-açúcar, podem ter impactos positivos em termos de emissões de gases causadores do efeito estufa.

Mas o documento acrescenta que a maneira que os biocombustíveis são feitos determinam se eles levarão a menores emissões ou se piorarão a situação.

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