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O Iraque faz fronteira com a Síria pela região norte. Na foto, refugiados sírios  adentram o país em busca de proteção. | TAS/LP/THAIER AL-SUDANI
O Iraque faz fronteira com a Síria pela região norte. Na foto, refugiados sírios adentram o país em busca de proteção.| Foto: TAS/LP/THAIER AL-SUDANI

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou neste domingo (31) um pedido por doações no valor de 861 milhões de dólares para prestar assistência humanitária a milhões de pessoas no Iraque, vítimas da guerra e de deslocamentos forçados.

Em dois anos, 3,3 milhões de iraquianos foram deslocados por causa da guerra com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), enquanto cerca de 250.000 sírios procuraram refúgio no Iraque, fugindo igualmente da guerra que assola seu país.

“Queremos utilizar esse dinheiro para ajudar 7,3 milhões de pessoas, que são as mais vulneráveis no Iraque”, declarou em uma coletiva de imprensa em Bagdá Lise Grande, a coordenadora humanitária da ONU no país.

“A nossa principal prioridade é conseguir acesso aos mais necessitados e proporcionar-lhes o que eles precisam para sobreviver - alimento, dinheiro, abrigo, água”, argumentou.

A queda nos preços do petróleo reduziu drasticamente as receitas petrolíferas do Iraque, das quais o governo depende, e Bagdá não tem sido capaz de cobrir o custo da crise humanitária.

“O governo foi encostado na parede em razão da queda do preço do petróleo e é por isso que apelo à generosidade da comunidade internacional”, disse Grande.

O EI apreendeu grandes faixas de território ao norte e oeste de Bagdá em 2014, e as forças iraquianas lutam, com a ajuda da coalizão internacional liderada por Washington, para recuperar o controle das regiões perdidas.

O número de iraquianos deslocados, já elevado, deve aumentar ainda mais em 2016 nas batalhas pela reconquista pelas forças iraquianas das províncias de Al-Anbar e Nínive.

“De acordo com a intensidade dos combates nos próximos meses, 11 milhões de iraquianos, talvez 12 ou até mesmo 13 milhões, podem precisar de assistência humanitária até o final de 2016”, aponta o plano de resposta humanitária das Nações Unidas. Espera-se que “mais de 500.000 pessoas fujam de suas casas durante o ano, principalmente das cidades ao longo do corredor entre Mossul e Al-Anbar”, informou Lisa Grande.

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