O secretário-geral das Nações Unidas, , disse neste sábado (11) que deseja que a ONU mantenha sua "presença" na Síria após o fim da missão de seus observadores, especialmente para preservar os esforços de mediação de Kofi Annan para seu sucessor, disseram neste sábado fontes diplomáticas.
Em uma carta dirigida aos países-membros do Conselho de Segurança com a previsão do fim do mandato da Missão de Supervisão da ONU para Síria (Misnus), que termina em 19 de agosto, Ban Ki-moon evoca diversas opções para manter "uma presença efetiva e flexível", disse um diplomata sob condição de anonimato, citando os termos da missiva.
O conselho prolongou o mandato da Misnus para até 19 de agosto, mas disse que a missão abandonará a Síria se as condições de segurança e as perspectivas de uma solução política não melhorarem.
Os 15 países-membros do Conselho devem debater a questão no dia 16 de agosto, mas estão divididos. Já os Estados Unidos se mostraram céticos ante a possibilidade de prolongar a missão, Rússia é a favor de que esta se renove.
Em sua carta, Ban Ki-moon diz que o conjunto das condições fixadas pelo Conselho para a manutenção da Misnus em sua forma atual, resumidas no fim da violência, "não tem se materializado".
Ban, segundo fontes diplomáticas, acredita que é preciso manter "uma presença da ONU que vai além da ação humanitária". Esta presença permitiria que as Nações Unidas sejam informadas sobre a situação do terreno e ajudaria ao enviado especial conjunto da ONU e da Liga Árabe "no cumprimento de sua função de mediação".
Após a recente demissão de Kofi Annan, a ONU e a Liga Árabe terão que nomear nos próximos dias um novo mediador.
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