O representante especial da ONU, Ian Martin, pediu nesta terça-feira que as tropas de paz da entidade voltem a Timor Leste para estabilizar o país. Martin disse ao Conselho de Segurança que a assistência internacional deve se estender do policiamento até o desenvolvimento em longo prazo de uma polícia nacional.

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- Não acredito que esta crise mostre que Timor Leste é um Estado falido - disse Martin. - Trata-se de um Estado que tem apenas quatro anos e que luta para se firmar nos próprios pés e aprender a praticar o governo democrático.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, enviou Martin a Timor Leste devido aos confrontos ocorridos em Dili, a capital, em abril, após a demissão de 594 soldados.

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Cerca de 133 mil pessoas fugiram das suas casas devido à violência que se seguiu, segundo o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.

Em carta enviada neste mês a Annan, o governo de Timor Leste também pediu ajuda da ONU para o policiamento.

Austrália, Portugal, Malásia e Nova Zelândia enviaram tropas e policiais ao país, o mais jovem do mundo, devido à tensão provocada pela demissão dos militares e por diferenças regionais.

Annan disse a jornalistas que as tropas estrangeiras devem permanecer em Timor Leste por um prazo de seis meses a um ano.

Martin disse que a presença da ONU seria especialmente útil na preparação para as eleições de 2007 em Timor Leste. Ele também pediu uma investigação imparcial dos recentes incidentes, dizendo que não haverá reconciliação política até que os fatos sejam esclarecidos.

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O embaixador de Timor Leste na ONU, José Luis Guterres, disse que a crise está praticamente restrita a Dili.