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Vários corpos foram retirados nesta quarta-feira dos escombros da representação da ONU no Haiti, que desabou devido ao forte terremoto da véspera, e mais de cem funcionários da entidade permanecem desaparecidos, segundo fontes das Nações Unidas.

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O porta-voz Martin Nesirky afirmou a jornalistas que os danos foram grandes e que "dezenas, se não centenas de milhares de casas" foram afetadas pelo terremoto de magnitude 7,0, ocorrido às 17h de terça-feira (20h em Brasília).

Alain Le Roy, chefe das operações de paz da ONU, disse a jornalistas que menos de dez pessoas, "algumas mortas, algumas vivas", foram retiradas dos escombros do prédio de cinco andares, e que mais de cem continuam desaparecidas.

Antes, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia informado que entre os desaparecidos estão o chefe da missão da ONU no Haiti, o tunisiano Hedi Annabi, e seu adjunto, o brasileiro Luiz Carlos da Costa.

Na hora do terremoto, Annabi recebia uma delegação policial chinesa, segundo fontes da ONU.

A missão da ONU, conhecida como Minustah, funcionava no antigo hotel Christopher. Mas a maioria dos seus 9.000 soldados e policiais, sob comando do Brasil, estava em outro lugar.

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John Holmes, chefe de assuntos humanitários da ONU, disse a jornalistas que entre 3 e 3,5 milhões de pessoas viviam perto das áreas mais afetadas pelo terremoto principal e pelos tremores secundários. Não está claro quantas pessoas morreram.

"Relatos iniciais sugerem um número elevado de vítimas", disse Holmes.

A prioridade, segundo ele, é a operação de busca e resgate de pessoas soterradas. Ele afirmou que uma equipe chinesa havia chegado ao aeroporto de Porto Príncipe e que duas equipes dos EUA eram esperadas ainda nesta quarta-feira.

Posteriormente, de acordo com ele, está prevista a chegada de equipes da França, Islândia e República Dominicana, país vizinho ao Haiti.

Ban afirmou que enviará ao Haiti o adjunto de Le Roy, Edmond Molet, provavelmente já na sexta-feira, e que uma equipe de reação a emergências da ONU também chegará ao país assim que possível.

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O secretário-geral da ONU afirmou ainda que 10 milhões de dólares serão liberados imediatamente do fundo central de resposta a emergências da ONU.

Segundo Holmes, a ONU vai organizar uma coleta rápida de mais doações para o Haiti nos próximos dias.