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Prêmio

Opaq diz que Nobel da Paz "reforça motivação" para alcançar paz na Síria

O diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), Ahmet Uzumcu, afirmou nesta sexta-feira (11) que a concessão do Nobel da Paz ao organismo reforça a motivação para alcançar a paz na Síria.

"Este prêmio reforça nossa motivação e dedicação para alcançar a paz na Síria e para seu povo", declarou Uzumcu durante uma entrevista coletiva em Haia, na qual também assinalou que aceitava o prêmio "com humildade".

Além disso, o diretor-geral da Opaq ressaltou que o Nobel da Paz 2013 "é um reconhecimento para nosso pessoal e para o apoio que recebemos dos Estados-membros".

Esta organização obteve nesta sexta-feira o prêmio Nobel da Paz de 2013 por seus "amplos esforços para eliminar" estes arsenais, informou o Comitê Nobel da Noruega.

A OPAQ é a entidade encarregada de aplicar a Convenção contra as Armas Químicas que entrou em vigor em 1997 e que foi assinada por 189 Estados decididos a conseguir um mundo livre deste tipo de arsenais.

Com relação à missão que o organismo faz na Síria, o diplomata turco assinalou que "estão realizando seu trabalho em um torno muito desafiante".

Nesta mesma semana, o turco também disse que os 27 inspetores do organismo trabalham em condições pouco favoráveis e os prazos estabelecidos para o desarmamento químico na Síria são curtos.

O diretor-geral da OPAQ indicou também que o prêmio - US$ 1 milhão-, será dedicado a seguir eliminando esse tipo de armamento, afirmando que "80% desse tipo de arma que existia no mundo já foram eliminadas".

Uzumcu também mostrou confiança em que "o profissionalismo que os analistas da OPAQ acumularam em seus 16 anos de existência consiga cumprir com os prazos estabelecidos na Síria".

No domingo passado, os funcionários sírios começaram a destruir certas armas químicas de categoria 3 e a inutilizar em leque de peças a fim de desmantelar todas as instalações de produção e equipes de mistura até primeiro de novembro, explicou o organismo internacional.

"A Síria, que é um desafio para nossa organização, nos lembrou que falta muito trabalho a fazer", acrescentou.

Uzumcu espera que este prêmio "seja uma motivação para que os seis países que ainda não se somaram à Convenção de Armas Químicas de 1993 assinem o documento", em referência a Israel, Egito, Angola, Coreia do Norte, Sudão do Sul e Mianmar.

"Alcançamos quase o nível de universalidade", assinalou o diretor-geral do organismo.

"Vemos o fruto destes 16 anos e espero que na próxima década possamos alcançar o nível zero em armamento químico", disse à agência Efe o porta-voz da OPAQ, Michael Luhan.

Uzumcu também afirmou que os 27 inspetores deslocados na Síria receberam a notícia com o mesmo júbilo que o resto dos integrantes da OPAQ.

"Entrei em contato com eles nesta manhã antes de saber com toda certeza que o prêmio seria nosso. É um reconhecimento especialmente para eles porque estão trabalhando em um local muito difícil", acrescentou.

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