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O presidente dos EUA, Barack Obama, esteve na Turquia na última semana, mas não usou a palavra genocídio durante seu discurso. Para a comunidade armênia nos EUA, "foi uma oportunidade perdida".

O argumento de que as relações entre Armênia e Turquia têm melhorado nos últimos anos, e portanto uma declaração dessas pode colocar tudo a perder, não convenceu o Comitê Nacional Armênio da América (Anca, em inglês), um importante grupo lobista que pressiona a Casa Branca a reconhecer o genocídio.

"É moralmente errado mesclar política, como a abertura da fronteira, com o reconhecimento do genocídio. Uma coisa é um fato histórico. Outro é política. Os EUA precisam reconhecer os crimes até para validar a própria história do país. Milhares de sobreviventes do massacre vieram morar aqui", afirma a diretora de comunicação da Anca, Elizabeth Chouldjian.

Relações

A fronteira entre Turquia e Armênia está fechada desde 1993 devido a uma disputa territorial. Mas as conversas para reatar relações, mediadas por diplomatas suíços, estão avançadas.

No ano passado, o presidente da Turquia, Abdullah Gul, se tornou o primeiro líder turco a visitar a Armênia, quando se encontrou com o presidente Serge Sarkisian para assistir a um jogo das eliminatórias da Copa do Mundo entre os dois países.

O quanto uma declaração de Obama sobre o genocídio pode comprometer esses avanços é uma pergunta que muita gente prefere não saber a resposta. (BB)

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