A operação israelense que deixou ao menos nove ativistas mortos aproximou a líder da oposição, Tzipi Livni, da coalizão governista do premier Binyamin "Bibi" Netanyahu. Apesar das críticas ao governo, Livni se colocou à disposição da imprensa e foi entrevistada por pelo menos seis redes de TV estrangeiras. Em suas declarações, defendeu a ação dos soldados israelenses.
O fracasso diplomático de Israel ganhou destaque em todos os veículos de comunicação do país. A demora de Israel em liberar vídeos e conceder entrevistas para a imprensa estrangeira, além da ausência de Netanyahu, que estava no Canadá, foi duramente criticada.
Para Yaakov Bar-Siman Tov, especialista em resolução de conflitos da Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel já está isolado há tempos e a atual crise é um sinal de que o governo israelense deve repensar suas prioridades. "Chegou a hora de fazer o dever de casa. Israel não pode cometer erros e realizar investigações e mais investigações. Não podemos sempre culpar o Exército ou dizer que o mundo é antissemita", afirma Siman Tov.
Enquanto as embarcações da flotilha seguem atracadas no Porto de Ashdod, no sul de Israel, o país prepara-se para a chegada do navio irlandês Rachel Corrie, que faria parte do comboio, mas não chegou a tempo.
Ainda não está claro como reagirá a Marinha diante desse novo desafio. "Esperamos que os ativistas do navio irlandês sejam racionais e transfiram a carga para inspeção israelense", disse à reportagem Yigal Palmor, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel. Já o Exército afirma que seguirá as ordens do governo e está preparado para qualquer cenário.
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