A oposição venezuelana iniciou nesta quinta-feira (1°.) sua manifestação nas ruas de Caracas, no que se espera que seja uma marcha histórica pela realização do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, que responderá ao desafio com outra manifestação, em meio a temores de distúrbios e violências.
Usando branco e gritando o slogan “Mudança Já”, milhares de opositores saíram às ruas da capital para dar início a seu protesto.
“Esta manifestação vai marcar o novo rumo da Venezuela. Hoje vamos demonstrar que o referendo deve acontecer este ano porque isso é um clamor popular”, declarou Jose Castillo, funcionário da estatal Petróleos da Venezuela (PDVA), afirmando não ter medo das represálias por marchar com a oposição.
A oposição espera que esta manifestação seja capaz de pressionar o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para ativar o recolhimento de quatro milhões de assinaturas necessárias para realizar o referendo revogatório.
Segundo o instituto Datanálisis, oito em cada dez venezuelanos querem a mudança de governo.
Passando para a ofensiva, os chavistas convocaram uma gigantesca mobilização também nesta quinta-feira e a qual chamaram de “Tomada da Venezuela” para, segundo seus dirigentes, “defender a revolução”. Maduro acusou a oposição de planejar um “golpe de Estado” e ameaçou mandar para a prisão dirigentes opositores, caso comece a violência: “Berrem, chorem ou gritem, irão presos!”, sentenciou.
Henrique Capriles, líder opositor, disse que o governo está “desesperado” e tem “medo” de que a manifestação seja gigantesca e, diante disso, pediu a seus seguidores que protestem pacificamente.
O CNE descartou a possibilidade de antecipar a data de recolhimento das assinaturas, reiterando que será feito na última semana de outubro e advertindo que eventuais distúrbios na manifestação irão paralisar o processo.
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