Os grupos de oposição formal do Bahrein entregaram oficialmente suas demandas à família al-Khalifa, que comanda o país. Entre as exigências estão a introdução de uma monarquia constitucional e a dissolução do governo.
O grupo que reúne os seis principais partidos da oposição, incluindo o importante bloco xiita Al-Wefaq, bem como grupos seculares, explicou suas principais demandas em entrevista coletiva hoje em Manama. As propostas incluem a libertação de todos os presos políticos, uma reforma eleitoral e a formação de um novo governo interino, bem como uma investigação independente sobre as mortes de sete manifestantes desde o início dos confrontos no país, há mais de uma semana.
Os grupos de oposição disseram que suas demandas representam uma resposta formal ao pedido de diálogo do príncipe, mas ressaltaram que a abertura para um diálogo direto depende da aceitação do governo das linhas gerais apresentadas e da garantia de segurança para os manifestantes contrários ao governo.
"Nós queremos que o regime diga que em princípio eles concordam com a abolição da Constituição de 2002 e com uma nova assembleia" eleita diretamente, afirmou Ebrahim Sharif, um muçulmano sunita e ex-banqueiro, líder da Sociedade Ação Democrática Nacional, um dos grupos encarregados de unificar a mensagem da oposição, acrescentando que a família governante deve reconhecer "os direitos do povo a ter um Parlamento completamente eleito".
Porém a lista de exigências ameaça dividir mais a oposição moderada, que tem sido encarregada de articular os temas que os manifestantes encamparam nas ruas. Muitos dos manifestantes, porém, pedem mudanças grandes no regime e rejeitam qualquer diálogo com a família real. As informações são da Dow Jones.