Os líderes da oposição do Bahrein reuniram-se neste domingo para analisar as propostas de negociação apresentadas pelo governo, após quase uma semana de protestos e de confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes, que pedem o fim do controle monárquico sobre as políticas e os cargos públicos.
A estabilidade do Bahrein é particularmente importante para os EUA, visto que lá está estacionada a 5ª Frota da Marinha norte-americana. A maior parte da população do reino - cerca de 70% - é muçulmana xiita, mas a dinastia que governa a região é sunita e possui forte apoio dos governantes árabes de outros países do Golfo Pérsico. Eles temem que uma eventual derrocada do atual governo do Bahrein abra portas para que o Irã, um país xiita, ganhe influência na região.
Um dos líderes do bloco opositor, Abdul-Jalil Khalil, disse que o grupo está avaliando a proposta da monarquia para um diálogo, mas ressaltou que ainda não há negociações em curso. Os governantes do Bahrein parecem estar com pressa para abrir um diálogo político com a oposição após terem recebido duras críticas de aliados do Ocidente e diante de declarações das autoridades que promovem a Fórmula 1 afirmando que o Grande Prêmio do Bahrein, previsto para março, pode ser cancelado caso a tensão continue.
Neste domingo, sindicatos e grupos da oposição promoveram greves gerais em algumas partes do país, mas não havia relatos de violência. Desde o início da semana passada, no entanto, pelo menos sete pessoas morreram e centenas ficaram feridas em confrontos com a polícia.
Os manifestantes passaram a noite na Praça Pérola, centro simbólico dos protestos no Bahrein, depois de o governo ter ordenado a retirada dos tanques e de outros veículos armados da área. Na quinta-feira, a polícia invadiu o local e cinco pessoas foram mortas, aumentando a tensão entre governo e opositores.
No sábado, o príncipe Salman bin Hamad Al Khalifa, vice-comandante supremo das forças armadas do Bahrein, pediu calma e diálogo político em um breve discurso transmitido pela rede de televisão estatal.
O presidente dos EUA, Barack Obama, discutiu a situação com o rei Hamad bin Isa Al
Khalifa e pediu que os responsáveis pela violência na Praça Pérola fossem punidos. Nos Emirados Árabes Unidos, um importante aliado do Bahrein no Golfo Pérsico, o ministro de Relações Exteriores, Sheik Abdulah bin Zayed Al Nahyan, pediu aos grupos da oposição do país para que aceitassem a proposta de negociação com o governo para que fossem restauradas "a segurança e a estabilidade". As informações são da Associated Press.
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