Líderes da rebelião contra o regime de Muamar Kadafi reunidos em Benghazi disseram que estão perdendo a esperança de que um levante popular seja capaz de derrubar o ditador e afirmaram estar inclinados a pedir por ataques aéreos estrangeiros contra as forças do governo.

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Os líderes oposicionistas se reuniram durante horas na segunda maior cidade da Líbia para discutir seus próximos passos. Eles anunciaram a formação de um Conselho Militar, mas adiaram a divulgação de qualquer novo comunicado para a quarta-feira.

Salwa Bughaighi, integrante do grupo de advogados e ativistas que assumiu o controle de Benghazi depois da fuga dos aliados de Kadafi, disse a jornalistas que as tropas governistas no oeste da Líbia são poderosas demais. "Não há equilíbrio entre nossas forças e as de Kadafi. Há uma crise, emoções conflitantes entre desespero e esperança por uma solução internacional", afirmou Bughaighi.

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Segundo ela, a coalizão oposicionista vai pedir que seja declarada uma zona de exclusão aérea na Líbia, para impedir que Kadafi continue a reforçar sua posição em Trípoli e na cidade costeira de Sirte. Outros participantes da reunião disseram, porém, que a coalizão está inclinada a pedir ataques aéreos estrangeiros, talvez sob mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), contra alvos estratégicos. "Isso é algo com que os organizadores concordaram na reunião", disse uma fonte.

Em público, os líderes do levante têm rejeitado qualquer intervenção estrangeira. "Isso foi vazado para o povo para medirmos a reação. Mas as pessoas não querem um novo Iraque, ou um novo Afeganistão", disse a fonte. As informações são da Dow Jones.