A oposição da Síria pediu nesta quinta-feira ao Exército nacional que se junte à revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad, afirmando que integrantes do governo estão atacando manifestantes e militares. Os opositores disseram no Facebook que os protestos de sexta-feira serão em honra aos "Guardiães da Nação", uma referência ao Exército.

CARREGANDO :)

O pedido parece ser uma forma de tentar pôr um fim ao impasse, após quase dez semanas de protestos. Durante os levantes no Egito e na Tunísia, as Forças Armadas romperam com os regimes e se alinharam aos manifestantes.

Grupos de direitos humanos dizem que a repressão do governo contra os dissidentes já matou mais de 1 mil pessoas, dentre elas dezenas de soldados, nos últimos dois meses. O governo diz que as manifestações são realizadas por "grupos armados" e não por militantes que lutam por reformas.

Publicidade

Uma mensagem postada na página do Facebook do grupo Syrian Revolution 2011 diz que o povo tomou as ruas para exigir liberdades na Síria mas "foi assassinado pelas mesmas mãos que assassinaram nossos honrados soldados". "A revolução pela liberdade e dignidade vai continuar, pacificamente, até a vitória", diz o texto, acrescentando que as "gangues armadas" são forças de segurança leais ao regime e bandidos partidários do governo conhecidos como Shabiha.

Assad parece determinado a combater a revolta, que representa o maior desafio aos 40 anos de domínio político de sua família na Síria. A violenta repressão atraiu críticas internacionais e sanções dos Estados Unidos e da União Europeia, incluindo o congelamento de ativos e proibição de viagem para Assad e nove membros de seu regime.

O chefe da Organização Nacional para Direitos Humanos na Síria, Ammar Qurabi, disse em comunicado que a Síria e organizações de direitos humanos documentaram mais de mil mortes e cerca de 4 mil ferimentos que "causaram deficiências permanentes a homens jovens, mulheres e crianças".

Também nesta quinta, o jornal independente Al-Watan informou que Asma, a esposa de Assad, nascida na Grã-Bretanha, encontrou-se com familiares das vítimas um dia antes, contrariando os rumores de que ela teria fugido para o território britânico com seus filhos. Asma Assad nasceu, cresceu e foi educada na Grã-Bretanha. As informações são da Associated Press.

Publicidade