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impasse

Oposição quer uso da força para retirar Gbagbo do poder

Um importante aliado de Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como o vencedor da eleição presidencial na Costa do Marfim, pediu neste sábado (1º) que a comunidade internacional intervenha com "força legítima" para obrigar a saída de Laurent Gbagbo da presidência do país. Guillaume Soro, o homem indicado por Ouattara para o cargo de primeiro-ministro, afirmou que Gbagbo está usando táticas para adiar sua saída e permanecer no poder.

Enquanto isso, os partidários de Gbagbo, convocados para retirar Ouattara do Hotel Golf - onde está instalado seu governo paralelo - no ano-novo, não conseguiram cumprir a tarefa. Soldados bengaleses da Organização das Nações Unidas (ONU) guardam a entrada do edifício usando roupas especiais para o controle de multidões

Soro disse que Gbagbo só deixará o cargo pela força e que a comunidade internacional terá de intervir para proteger a democracia na África. Ele considerou o convite de Gbagbo para que um grupo de investigadores internacionais visite o país como uma tática de adiamento. "É a mesma tática de desvio de atenção que ele usou para permanecer no cargo por cinco anos sem a realização de uma eleição", disse Soro. "Basta. O senhor Gbagbo deve deixar o poder."

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, que também preside a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, na sigla em inglês) deve chegar a Abidjã na segunda-feira para negociar a saída de Gbagbo. A Ecowas ameaçou usar a força militar para retirá-lo do cargo caso ele não tome a decisão por conta própria. Mas a primeira delegação do grupo, que esteve no país na última segunda-feira, não conseguiu convencê-lo a ir para o exílio.

Em comunicado divulgado hoje, Jonathan informou que vai decidir sobre os "próximos passos" da Ecowas em relação à Costa do Marfim até terça-feira. "O presidente Jonathan disse que a Ecowas vai decidir suas próximas medidas sobre como abordar a situação na Costa do Marfim até a terça-feira da semana que vem, após receber novos relatórios de seus emissários", diz o documento.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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