A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança de oposição, qualificou nesta terça-feira (10) como "camuflagem política" a proposta russa para se evitar um possível ataque americano em território sírio, e advertiu que a mesma causará mais morte e destruição.

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Em comunicado, emitido nas últimas horas, o grupo afirmou que a proposta do ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, para que Damasco ponha suas armas químicas sob controle internacional para evitar um ataque liderado pelos EUA exime o regime sírio de qualquer responsabilidade no massacre de inocentes.

A CNFROS assegurou, além disso, que não vai estabelecer nenhuma negociação com o regime de Bashar al Assad até que os responsáveis por crimes durante o conflito sejam punidos.

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"Não é possível que se esqueçam com o passar do tempo dos crimes contra a humanidade", apontou.

A aliança ressaltou também que a única maneira de se garantir negociações para uma saída para o conflito consiste em criar um "ambiente sério" com "o fim da máquina de assassinatos do regime".

Ontem, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, se mostrou favorável à proposta da Rússia para que Damasco coopere com a comunidade internacional no controle de armas químicas e em sua total destruição.

A proposta de Lavrov coincidiu com as declarações do secretário de Estado americano, John Kerry, que afirmou em Londres que os EUA não atacariam a Síria se o governo do país entregar, no prazo de uma semana, todas suas armas químicas.

No entanto, horas depois, a Administração americana afirmou que não espera que a Síria entregue seu arsenal de armas químicas e que a declaração de Kerry se baseava em um "cenário hipotético".

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Em declarações à Agência Efe, o vice-secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Ben Helli, disse hoje no Cairo que se a comunidade internacional procura uma saída pacífica para guerra na Síria, ela deve realizar uma conferência de paz em Genebra.

Mesmo assim, advertiu que embora se solucione o conflito através dessa iniciativa, "o assassinato de sírios com armas químicas não deve ficar impune".