O Exército Livre Sírio (ELS) denunciou como "escandalosa" a resolução do conselho de Segurança da ONU sobre a Síria porque se fixa unicamente no uso de armas químicas, sem levar em conta as "150.000 vítimas" causadas pela guerra.

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"É uma vergonha" porque "só se deu importância ao uso dessas armas químicas", queixou-se ao jornal francês "Le Parisien" o porta-voz do ELS, Qassim Saadeddine, que está em Paris convidado pela comissão das Relações Exteriores da Assembleia Nacional francesa.

Saadeddine afirmou que estava decepcionado com a comunidade internacional: "o povo sírio está convencido de que o mundo é indiferente a sua sorte", algo que "quase se confirmou com o assunto das armas químicas".

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O porta-voz reiterou a demanda dos rebeldes por "armas de qualidade", e embora tenha se mostrado convencido de que derrotarão o regime de Bashar al Assad, argumentou que com bons equipamentos, o conflito terminaria mais rápido e haveria menos vítimas".

Este antigo coronel do Exército sírio que desertou para se colocar a serviço do braço armado da Coalizão Nacional Síria afirmou que a situação em seu país é "catastrófica".

O porta-voz assegurou que o ELS "domina a maioria do território" e que o regime de Assad apenas consegue se impor onde pode utilizar seus tanques.

Em relação aos temores ocidentais diante da crescente presença de jihadistas entre a oposição, e em particular entre os combatentes, reconheceu que "quanto mais dura a guerra e cresce a violência, mais progridem os extremistas".

Saadeddine lembrou que desde os primeiros contatos com os Estados Unidos e com a França a oposição advertiu que se não recebesse ajuda os extremistas ganhariam terreno.

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Um grupo de 30 deputados franceses lançou uma chamada em favor do armamento dos insurgentes na Síria. Oficialmente, a França ajuda os rebeldes apenas com equipamento "defensivo".

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