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Milhares de simpatizantes da oposição se preparavam para marchar no sábado na Venezuela em protesto contra os poderes especiais concedidos ao presidente Nicolás Maduro, em um ambiente marcado pela denúncia de detenção de um colaborador bastante próximo do líder opositor Henrique Capriles.

O mandatário disse na sexta-feira que tinha ordenado deter "dois operadores" de partidos opositores, sem dar nomes, porque planejavam espalhar a violência durante a manifestação.

Capriles denunciou no sábado que um assessor seu foi detido por militares e desconhecia seu paradeiro. O dirigente opositor disse que o presidente Maduro é responsável pelo que vier a ocorrer com seu colaborador Alejandro Silva.

Capriles convocou os venezuelanos a marchar no sábado contra a "Lei Habilitante", que conferiu a Maduro poderes para governo por decreto durante um ano, num momento em que o governo diz enfrentar uma "guerra econômica" criada pela oposição.

Herdeiro político do falecido presidente Hugo Chávez, Maduro tem enfrentado desde que assumiu como presidente elevados índices de inflação e desabastecimento, além de um fraco crescimento econômico, o que tem pressionado sua popularidade.

Como parte de sua estratégia, o presidente ordenou a inspeção dos principais centros comerciais do país para exigir que rebaixem seus preços até um "preço justo".

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