Reconhecidos como o topo da economia mundial, há vários anos os Estados Unidos polarizaram sozinhos o mundo e se solidificaram como um "império" orientado pelo mercado, com iniciativas privadas tomando a maior parte das decisões, e os governos federal e estaduais comprando bens e serviços diretamente desse mercado. É um tesouro tão grande que, quando Wall Street quebrou, as demais bolsas de valores caíram na seqüência.
Independentemente de qualquer juízo de valor ou de discussão da crise mundial, é fato que os EUA são o gigante do mundo, com uma renda per capita anual de US$ 46 mil, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Apenas como comparativo, o mesmo indicador do Brasil é US$ 9,7 mil, ou seja, 21% da produção deles.
E até que ponto essas eleições influenciam o resto do mundo? Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo analisam cinco temas relevantes para os próprios Estados Unidos bem como para sua relação com os demais países, entre eles o Brasil.
O historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Marco Antonio Villa repercutiu as perspectivas de diminuição do sentimento que se convencionou chamar de "antiamericanismo", que aumentou com a criticada gestão militarizada de George W. Bush. Também diretamente vinculado à gestão Bush, o sociólogo e doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), Demétrio Magnoli, falou sobre o terrorismo e delineou os possíveis caminhos de combate nesse tipo de guerra assimétrica.
Sobre a economia, o assunto do momento, o professor do Ibmec São Paulo, Ricardo Almeida, desmistificou a importância de um ou de outro candidato para acender a luz nessa altura da crise.
Para comentar a relação entre Brasil e Estados Unidos, disponibilizou-se o diplomata e ex-ministro das Relações Exteriores de 1995 a 2001, Luiz Felipe Lampreia; e sobre a questão energética, mais precisamente o etanol, matriz energética genuinamente brasileira, comentou o físico José Walter Bautista Vidal que esteve à frente do programa Pró-Álcool na década de 70 e é professor aposentado da Universidade de Brasília.
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