O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse nesta terça-feira (1º) que a Aliança não pode confirmar se a Rússia está retirando suas tropas da fronteira com a Ucrânia, apesar do anúncio de Moscou de que começou a recuar alguns de seus batalhões.
"Infelizmente não posso confirmar se a Rússia está retirando suas tropas. Não é o que temos visto", afirmou Rasmussen ao chegar na reunião de ministros das relações Exteriores da União Europeia e da Otan que está sendo realizada em Bruxelas (Bélgica).
Segundo Rasmussen, "o grande aparato militar não pode de nenhuma maneira contribuir para reduzir a tensão, algo que todos queremos ver".
O secretário-geral afirmou que a Aliança segue exigindo que a "Rússia retire suas tropas, que esteja à altura de suas obrigações internacionais e se envolva em um diálogo construtivo com a Ucrânia".
Moscou declarou ontem que retirou um batalhão (500 soldados) da fronteira com a Ucrânia, onde sua presença militar preocupa as potências ocidentais diante da possibilidade de uma invasão do leste da Ucrânia após a anexação da região autônoma da Crimeia à Rússia.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse na segunda-feira após o anúncio da Rússia que "dezenas de milhares" de soldados permaneciam na zona.
Os ministros das Relações Exteriores da Otan debatem hoje uma revisão de suas relações com a Rússia e se espera que apoiem a decisão já tomada por embaixadores de suspender a cooperação prática com Moscou.
"Obviamente temos que revisar nossa relação com a Rússia", declarou Rasmussen, para quem as ações de Moscou sobre a Ucrânia "são inaceitáveis"e "minaram os princípios nos quais se baseiam nossa associação e violaram seus compromissos internacionais".
Rasmussen argumentou que "a agressão da Rússia contra a Ucrânia" significou um "desafio de nossa visão de uma Europa inteira, livre e em paz", e que "fundamentalmente muda o panorama de segurança da Europa" e "causa instabilidade nas fronteiras da Otan".
Por essa razão, garantiu que a Aliança mostrará seu "compromisso com a defesa coletiva" de seus membros.
"A defesa começa com a dissuasão. Por isso tomaremos os passos necessários para deixar claro ao mundo que nenhuma ameaça a nossos aliados terá êxito", explicou.
Rasmussen lembrou que a Aliança já reforçou a vigilância aérea nos países bálticos, desdobrou aviões de reconhecimento sobre a Polônia e Romênia e aumentou sua presença naval no Mar Negro.
"Não duvidaremos em dar mais passos se for necessário para garantir uma defesa eficaz", afirmou.
PT abraça PEC pelo fim da escala de trabalho 6×1 para tentar salvar popularidade de Lula
Esposa de Tarcísio, Cristiane Freitas ganha destaque nas redes e na gestão do governo de SP
Sem visto americano? Um guia de viagem para Alexandre de Moraes no Maranhão
PGR faz acordo com Janones e mostra que a corrupção compensa