Trípoli - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou ontem que as operações na Líbia foram prorrogadas por mais três meses e que a queda do ditador Muamar Kadafi é "uma questão de tempo".
"A questão não é saber se Kadafi irá embora, mas quando", declarou o secretário-geral da aliança militar, Anders Fogh Rasmussen, em uma entrevista coletiva em Bruxelas. "Os aliados e sócios apoiaram energicamente este chamado ao decidir prolongar por três meses a missão da Otan na Líbia", que em princípio deveria terminar no dia 27 de junho e agora irá até o fim de setembro.
"Trata-se de uma mensagem clara para o regime do ditador líbio: estamos decididos a manter nossas operações para proteger o povo líbio. Nossa decisão também é uma mensagem clara para o povo líbio: a Otan, nossos aliados, toda a comunidade internacional está com vocês", acrescentou.
O anúncio de Rasmussen chega no mesmo dia em que o jornal britânico The Guardian revelou, citando fontes militares britânicas, que veteranos das forças especiais britânicas a serviço de empresas de segurança, estão em Misurata para ajudar os rebeldes.
Os mercenários obtêm informações sobre a localização e os movimentos das tropas leais a Kadafi e as transmitem depois para o centro de comando da Otan em Nápoles, informa o diário.
Os ex-militares estão na Líbia com a permissão do Reino Unido, da França e de outros países membros da Otan e receberam equipamentos das forças da coalizão.
O Ministério da Defesa do Reino Unido negou que os mercenários sejam pagos pelo governo britânico e insistiu que não há tropas de combate na Líbia.