Os líderes do G8, grupo que reúne Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia, pressionaram ontem pela renúncia dos ditadores do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, e da Líbia, Muamar Kadafi.
"Nós continuamos a apoiar a saída do ditador Saleh, disse a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em meio à cúpula do G8 em Deauville, na França.
"Estamos muito preocupados com os enfrentamentos entre as várias facções no Iêmen, disse Hillary, que classificou a situação como "muito volátil.
Saleh se recusou três vezes a assinar o acordo de transição pacífica mediado pela comunidade internacional.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, mais uma vez pediu a Kadafi que deixe o poder. "Kadafi tem uma solução: pedir a seus soldados para que retornem aos quartéis e deixar o poder após 41 anos de ditadura na Líbia", afirmou.
Ontem, o governo líbio propôs um cessar-fogo para um acordo com rebeldes.
Ajuda
A cúpula discutiu um pacote de ajuda à Tunísia e ao Egito, que tiveram seus ditadores depostos na onda de revoltas pró-democracia.
Os detalhes do pacote devem ser divulgados hoje, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou ontem que a região precisa de mais de US$ 160 bilhões nos próximos três anos. O órgão ofereceu contribuir com US$ 35 bilhões.
Os líderes do G8 alertaram também que a dívida pública de países como a Grécia, em crise desde o ano passado, puxa para baixo o crescimento mundial.