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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizou nesta manhã uma série ataques contra instalações em Trípoli, capital da Líbia, intensificando a pressão contra o regime de Muamar Kadafi. Os alvos dos ataques realizados durante a noite parecem ter sido os subúrbios da capital. Não está claro quais foram os alvos, já que funcionários do governo líbio não foram encontrados para falar sobre o assunto.

Um comunicado da Otan diz que os bombardeios atingiram áreas de estocagem de mísseis e lançadores, instalações de comando e controle e um sistema de radares. As ações da Otan parecem estar se intensificando nas proximidades da capital líbia, refúgio do governo de quatro décadas de Kadafi, pressionando o regime que já é afetado pelos quatro meses de insurgência, bem como várias deserções e um bloqueio naval.

Em Bruxelas, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse que usaria a reunião de quarta-feira com ministros da Defesa da aliança para exigir que mais países contribuam com a luta contra Kadafi, embora não tenha especificado para quais países fará o pedido. Grã-Bretanha e França estão intensamente envolvidas desde o início da ação, em março.

Também hoje, dois rebeldes foram mortos num combate contra as forças de Kadafi na cidade petrolífera de Brega, leste do país, 200 quilômetros a sudoeste de Benghazi, a capital dos rebeldes, informou um médico em condição de anonimato.

As forças de Kadafi dispararam morteiros contra um cemitério na cidade de Ajdabiya, no leste do país, tomada pelos rebeldes. Após o ataque, combatentes rebeldes perseguiram forças do governo no oeste de Brega, onde dois rebeldes foram mortos e um ficou ferido por causa de ataques do governo, disse o médico. Não está claro se soldados do governo foram mortos, pois as autoridades líbias não fornecem informações sofre vítimas.

O Human Rights Watch (HRW) divulgou ontem um relatório no qual acusa as autoridades da oposição líbia de deter arbitrariamente dezenas de pessoas suspeitas de colaborar com Kadafi. A organização pediu às autoridades rebeldes que garantam os direitos de defesa dos prisioneiros ou os liberte.

O grupo disse que um detido foi aparentemente torturado até a morte enquanto estava preso. O documento foi baseado em relatórios de visitas que se encontraram com os detidos em três cidades controladas pela oposição. "Não há desculpas para postergar o estado de direito em áreas sob o controle da oposição", disse Sarah Leah Whitson, diretora para Oriente Médio e Norte da África do HRW.

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