O pai da advogada Paula Oliveira disse neste sábado (14), em Zurique, na Suíça, que não tem como provar que a filha estava grávida no dia em que ela disse ter sido atacada por neonazistas.
Paulo Oliveira acompanha a filha no quarto em que está internada no hospital universitário de Zurique. Paula Oliveira ainda não tem previsão para receber alta.
O advogado disse que ainda não conversou com a filha sobre a reviravolta do caso, quando passou a ser suspeita de ter se automutilado e ter forjado o ataque em uma estação de trem.
Ele afirmou que ainda não tem como comprovar que a filha estava grávida durante o suposto ataque porque não saberia dizer onde ela guarda documentos. O noivo de Paula, também segundo o pai, já teria confirmado a gravidez.
Paulo Oliveira não descarta a possibilidade de contratar um advogado local para acompanhar as investigações na Suíça. Ele diz estar desapontado com as suposições da policia.
Caso Paula
Paula alega ter sido agredida por três homens brancos, com cabelo raspados, na noite de segunda-feira (9) em Dubendorf, cidade que fica perto de Zurique. Ela diz que a agressão fez com que ela perdesse os filhos gêmeos que estava esperando, além de deixá-la marcada com cortes em todas as partes do corpo.
Na sexta-feira (13), a polícia da Suíça disse que Paula Oliveira não estava grávida no momento da agressão. A polícia cita exames do Instituto de Medicina Legal e do Hospital Universitário de Zurique.
O comunicado da polícia também informa que ainda não está claro se os ferimentos no corpo da brasileira, de 26 anos, foram infligidos pelos agressores ou por ela mesma.
SVP quer punição
Mesmo sem conclusão final do caso, os jornais suíços publicaram a notícia de que o partido da sigla SVP colocou em dúvida o direito da brasileira de permanecer no país. O partido de direita exige também que Paula pague pelos custos da investigação.
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