Sob uma forte chuva, os pais dos 43 estudantes mexicanos provavelmente mortos em um massacre há quase três meses, se reuniram na noite de 24 de dezembro perto da residência do presidente Enrique Peña Nieto para reafirmar que nunca deixarão de procurar os filhos.
"Estamos aqui para dar uma lição de força, para mostrar que jamais deixaremos de buscá-los, mesmo que sozinhos, já que o governo não conseguiu encontrá-los", disse Felipe de la Cruz, pai de um dos estudantes, à agência AFP.
Os pais e mães dos jovens ficaram parados a alguns metros da entrada da residência oficial com cartazes que traziam fotos dos estudantes.
Dezenas de policiais impediram a aproximação da residência oficial Los Pinos, que tem 56 mil metros quadrados."Você está em sua casa tranquilo, festejando o Natal, comendo, mas nós, como pais e mães de família, estamos sofrendo por nossos filhos. Foram policiais que os levaram", afirmou em um rápido discurso Maria de Jesus Tlatempa, mãe de José Eduardo Bartolo, 19, um dos estudantes que sumiram.
"Os desaparecidos... todo o sangue derramado neste país, tudo é sua culpa", completou, em uma mensagem ao presidente Peña Nieto, que se reuniu apenas uma vez com os pais dos jovens.
Em 30 de outubro, Peña Nieto prometeu redobrar os esforços para procurar os estudantes.
Os jovens desapareceram em 26 de setembro em Iguala, Estado de Guerrero, a 200 km da Cidade do México, depois que foram alvos de tiros de policiais locais corruptos.
A investigação do Ministério Público --baseada em declarações de criminosos detidos-- indica que os policiais entregaram depois os jovens ao cartel Guerreros Unidos, que teria assassinado e incinerados os corpos. Até o momento, apenas um cadáver foi identificado.
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