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Energia

País tem de pagar “preço justo”, afirma Lula

São José, SC – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva endossou ontem declarações dadas um dia antes pelo presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, e disse que o Brasil poderá recorrer à Justiça internacional, caso não haja acordo com os bolivianos sobre o pagamento de duas refinarias da estatal instaladas no vizinho sul-americano.

"Se não for pago, nós temos que ir à Justiça internacional para rever os direitos da empresa", disse Lula, em entrevista em São José (SC), onde participou de evento oficial nos Correios. Segundo ele, a Petrobrás quer apenas um "preço justo" pelas refinarias.

Briga

Lula disse que, "por enquanto", a discussão sobre o preço das refinarias é um problema da estatal brasileira, e não uma briga de governos. Porém ele deu a entender que, posteriormente, o Palácio do Planalto poderá interceder na questão. "Isso é uma briga, por enquanto, da Petrobrás, e não é uma briga que envolve o governo brasileiro", declarou, ao ser questionado sobre o andamento das negociações.

Lula contou que desde a viagem a Caracas, na Venezuela, em meados de abril, já vinha conversando com o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, sobre a questão da venda das refinarias. Segundo ele, "é um direito que um país tem de querer comprar uma empresa que ele tem de tomar conta". Mas "também é um direito da Petrobrás pedir o preço justo".

Gás

Para Lula, é certo que a discussão sobre o preço das refinarias "não vai prejudicar o fornecimento de gás" ao Brasil. E justificou: "Até porque não estamos discutindo o gás neste momento. A discussão do gás foi um tempo atrás, quando foi feito um acordo entre a Petrobrás e a empresa boliviana. Esse acordo está em vigência e foi até aprovado pelo Congresso boliviano."

Outra proteção contra problemas de fornecimento de gás natural está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Lula ressaltou que investimentos na exploração de gás estão entre as prioridades: "Vocês devem ter visto no PAC que tem uma soma de investimentos extraordinária para que a gente possa solucionar o problema do gás do Brasil".

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