O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, tem uma nova aliada nos ataques ao rivais democratas. Seu nome é Sarah Palin e ela bate forte.
As críticas irônicas de Palin ao candidato democrata, Barack Obama, e à elite de Washington animaram os republicanos, que buscam sinais de que ela e McCain possam vencer as eleições presidenciais de 4 de novembro.
Agora é a vez de McCain. O senador pelo Arizona fará um discurso que será transmitido pela TV na noite de quinta-feira, no qual aceitará a indicação republicana à Presidência.
Palin, 44 anos, governadora do Alasca e candidata a vice-presidente na chapa de McCain, ouviu gritos de "Sarah, Sarah" na quarta-feira em sua estréia no cenário político nacional. Ela adotou uma retórica anti-Obama, que vinha sendo deixada de lado na convenção republicana de quatro dias.
Ela rebateu as críticas de Obama de que sua experiência como governadora e ex-prefeita da pequena cidade de Wasilla, no Alasca, não era equivalente a dele, como líder de uma grande campanha presidencial.
"Acho que a prefeita de uma grande cidade é algo como um 'organizador comunitário', exceto por você ter responsabilidades de verdade", disse ela, numa referência ao início da carreira de Obama em Chicago.
Os democratas afirmam que McCain, ao escolher a relativamente desconhecida e pouco testada Palin, perdeu o argumento de que Obama é muito inexperiente para ser presidente.
Palin também criticou o estilo retórico de Obama, destituído de detalhes sobre para onde ele pretende levar o país caso seja eleito, embora ela própria tenha oferecido poucas especificidades políticas.
"Ouvindo ele falar, é fácil esquecer que se trata de um homem que escreveu dois livros de memórias e sequer uma lei ou reforma importante, nem mesmo no Senado estadual de Illinois... O que ele realmente espera conseguir depois de reverter o fluxo das águas e curar o planeta?", questionou.
Ela fez questão de lembrar de um comentário feito por Obama durante as primárias democratas contra Hillary Clinton em que afirmou que as pessoas das cidades pequenas são apegadas às armas e à religião.
"Eu acrescentaria que, em cidades pequenas, nós não sabemos o que pensar de um candidato que derruba elogios sobre a classe trabalhadora quando ela está ouvindo, e depois fala sobre como ela se apega de maneira amarga às armas e à religião", disse.
A platéia adorou e aplaudiu em aprovação carregando cartazes em que se liam "Palin Power" (Poder Palin).
Na noite desta quinta-feira, os holofotes se voltam para McCain. O ex-prisioneiro de guerra no Vietnã, de 72 anos, faz seu principal discurso desde o início da campanha, quando milhões de norte-americanos estarão atentos aos aparelhos de TV.
McCain está alguns pontos percentuais atrás de Obama nas pesquisas de intenção de voto e terá de enfrentar o desejo dos norte-americanos por mudanças após oito anos do impopular governo de George W. Bush, seu colega de partido.
- Justiça divulga plano para ataques na convenção republicana
- Palin vai ironizar falta de experiência de Obama em discurso na convenção
- McCain diz que sabe como capturar Bin Laden
- Obama lidera com 49% das intenções de voto; McCain tem 43%
- Em sua estréia nacional, Palin tentará silenciar más notícias
- Bush declara apoio a McCain; republicanos atacam Obama
- Campanha de McCain arrecada US$ 47 milhões em agosto
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro