O Papa Bento XVI autorizou a proclamação como beata da religiosa argentina María Crecencia, conhecida como "la santita", da congregação das Filhas de Maria Santíssima do Horto, informou o Vaticano nesta segunda-feira (19), reconhecendo o fato de ter intercedido em um milagre.
A freira, batizada como María Angélica Pérez (1897-1932), nasceu em San Martín, Província de Buenos Aires, em 17 de agosto de 1897 e faleceu em Vallenar, Chile, no dia 20 de maio de 1932.
A data da beatificação ainda não foi anunciada.
Segundo a biografia oficial, os chilenos não permitiram que levassem o corpo daquela que chamavam "La santita", por isso, ficou no país durante 35 anos, até que, no dia 8 de novembro de 1966, a congregação religiosa ordenou o traslado do corpo à sua sede central. Os restos da freira foram encontrados intactos, assim como o hábito que vestia.
Desde que a Congregação para a Causa dos Santos abriu o processo de beatificação, em outubro de 1990, o túmulo da religiosa sul-americana, filha de imigrantes espanhóis, é visitado por numerosos peregrinos que vêm venerar seus restos, pedir ajuda ou agradecer sua intercessão.
Além da freira argentina, também serão beatificados o sacerdote francês Luis Brisson (1817-1908), fundador dos 'Oblatos y Oblatas de San Francisco de Sales', e o italiano Luigi Novarese (1914-1984), fundador da Pia União dos Trabalhadores Silenciosos da Cruz e funcionário da Secretaria de Estado do Vaticano durante a Segunda Guerra Mundial.
Novarese era encarregado do programa do Papa Pio XII para a assistência aos refugiados nos conventos e estruturas eclesiásticas sob a ocupação nazista.
Na lista figura também a freira italiana Gertrude Prosperi (1799-1847), da Ordem de San Benito, abadessa do Mosteiro de Trevi (Itália), e da francesa María Luisa Elisabetta de Lamoignon (1763-1825), viúva Mole de Champlatreux, fundadora das Irmãs da Caridade de São Luís.