O papa Francisco e o rei Abdullah, da Jordânia, concordaram nesta quinta-feira (29) que o diálogo é a "única opção" para acabar com o conflito na Síria, informou o Vaticano, enquanto os Estados Unidos e seus aliados avaliam planos para um ataque militar.
Abdullah voou para Roma especificamente para reunir-se com o papa e discutir a crise no Oriente Médio. O rei, a rainha Rania e o papa falaram em particular por 20 minutos no Palácio Apostólico do Vaticano.
O rei e o papa "reafirmaram que o caminho do diálogo e as negociações entre todos os componentes da sociedade síria, com o apoio da comunidade internacional, é a única opção para acabar com o conflito e a violência que a cada dia causam a perda de tantas vidas humanas, acima de tudo entre a população indefesa", disse o Vaticano em comunicado.
No último domingo, o papa falou de "atos atrozes" na sequência de um aparente ataque com gás venenoso contra moradores dos arredores de Damasco, em que morreram centenas de pessoas.
O papa e o rei reuniram-se um dia após autoridades norte-americanas descreverem planos para ataques contra a Síria, que podem durar dias, e Washington e seus aliados europeus e do Oriente Médio terem dito que o presidente sírio, Bashar al-Assad, deve enfrentar represálias pela utilização de armas proibidas contra o seu povo.
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