O papa Francisco visitou, nesta sexta (29), o campo de concentração de Auschwitz, em Oswiecim, na Polônia. Ali, rezou silenciosamente em memória a 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, mortos no local pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial. Em seu terceiro dia de viagem à Polônia, onde participa da Jornada Mundial da Juventude, o papa passou alguns minutos conversando e trocando presentes com 12 sobreviventes do campo, incluindo uma mulher de 101 anos.
Um dos homens deu ao papa uma foto de si mesmo com outros presos em uma beliche, e pediu que ele a assinasse. O pontífice beijou todos os sobreviventes. Francisco, de 79 anos, não fez nenhum pronunciamento enquanto andava pelos corredores escuros do bloco 11 de Auschwitz, que abrigava presos selecionados para punições especiais.
Em um livro de visitas no local, o papa Francisco escreveu em espanhol: “Senhor, tenha piedade de seu povo. Senhor, perdoe tamanha crueldade”. As forças de ocupação alemãs criaram o campo de Auschwitz-Birkenau durante a 2ª Guerra Mundial em Oswiecim, a cerca de 70 quilômetros da segundo maior cidade polonesa, Cracóvia, no sul do país.
Entre 1940 e 1945 Auschwitz se desenvolveu em um vasto complexo de quartéis, oficinas, câmaras de gás e crematórios. Com ajudantes usando lanternas para iluminar o caminho, o papa visitou a cela subterrânea onde o monge franciscano Maksymilian Kolbe foi morto após oferecer sua vida para salvar um polonês a quem os funcionários do campo haviam escolhido para morrer de fome.
Em julho de 1941, o diretor do campo, em retaliação à fuga de um dos prisioneiros, sentenciou outros 10 à morte por inanição. Kolbe se ofereceu para morrer no logar de um deles e foi assassinato por injeção letal, mas o homem a quem salvou sobreviveu à guerra. Ele foi canonizado em 1982 pelo então papa João Paulo II, também polonês.
Nesta sexta, quando se completam 75 anos do sacrifício de Kolbe, o pontífice também visitou Birkenau, uma parte do campo onde a maioria dos assassinatos foram cometidos em câmaras de gás. Ele andou pelas torres de guarda, cercas de arame farpado e escombros dos crematórios, destruídos pelos nazistas antes da liberação do campo pelo exército soviético, em janeiro de 1945.
O papa ouviu silenciosamente a fala do chefe do rabinato polonês, Michael Schudrich, e um padre recitou salmos a cerca de 130 metros do local onde eram trazidos milhares de prisioneiros para o campo.
Durante uma visita a uma sinagoga em Roma, em janeiro, Francisco pediu aos católicos que rejeitem o antissemitismo e disse que o Holocausto, no qual seis milhões de judeus foram mortos, deve lembrar a todos de que os direitos humanos devem ser defendidos com “vigilância máxima”.
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