Em seu segundo dia de vista à Áustria, o Papa Bento XVI denunciou a falta de crianças na Europa, disse que os europeus ficaram egoístas e que "talvez não acreditem no futuro". O discurso foi feito durante uma missa solene em comemoração aos 850 anos de fundação do santuário de Mariazell, neste sábado (8).
Bento XVI também afirmou que o Ocidente, em especial a Europa, está em crise porque é incapaz da verdade e, por isso, não sabe distinguir entre o bem e o mal.
Isso implicaria na ambiguidade das grandes descobertas da ciência, disse o pontífice, "já que elas [as descobertas] podem abrir perspectivas importantes para o bem do homem ou representarem uma terrível ameaça".
Ao olhar para a imagem de Nossa Senhora de Mariazell, que leva o Menino Jesus em seus braços, Bento XVI também denunciou os casos de crianças que vivem na pobreza e que são exploradas como soldados.
A missa é celebrada em um altar colocado diante da fachada do santuário. Vários telões nos arredores transmitem a cerimônia. Aproximadamente 30 mil pessoas, que se protegem da chuva cobertas com capas e capuzes, assistem à cerimônia. O momento é considerado o mais importante da viagem.
O Papa lembrou nesta sexta-feira (7) que está em "peregrinação" ao santuário, que visitou em 2004, quando ainda era o cardeal Joseph Ratzinger.
Após a missa, Bento XVI deverá saudar em vários idiomas os peregrinos vindos de vários países da Europa central e oriental.
O santuário
O santuário de Mariazell, segundo a lenda, foi fundado por um monge do mosteiro de Sankt Lambrecht, no ano de 1157. Sua história se caracteriza pelas doações que recebeu dos reinos centro-europeus na Idade Média.
Nossa Senhora de Mariazell é conhecida como "Mãe dos Húngaros" e "Mãe dos Povos Eslavos". A imagem é uma pequena estátua de madeira, de 48 centímetros. Ela tem nos braços o Menino Jesus, que mostra uma maçã, símbolo da vida.
Segundo a lenda, um beneditino chamado Magnus foi enviado à localidade, 870 metros acima do nível do mar, para evangelizar a população. O monge, que levava a imagem, encontrou o caminho cortado por uma grande pedra e pediu ajuda à Virgem Maria para poder prosseguir. Nesse momento, conta a tradição, a pedra se partiu em duas. Nesse local foi erguido o santuário.
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