Garoto paquistanês é um dos milhões de desalojados após novas inundações que mataram 1.500 pessoas| Foto: Behrouz Mehri / AFP Photo

Um caso de cólera foi confirmado neste sábado (14), dia 14, na zona inundada do noroeste do Paquistão, segundo informação divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto novas inundações seguem devastando o país. O primeiro-ministro paquistanês, Asif Ali Zardari, afirmou que pelo menos 20 milhões de pessoas foram desalojadas pelos dilúvios. O desastre destroçou a economia do Paquistão e abala a estabilidade política interna em um momento em que os Estados Unidos necessitam de firme colaboração para seus esforços de combate contra as forças extremistas islâmicas. A ONU fez um pedido de US$ 460 milhões para ajudar o Paquistão, mas sinalizou que o país precisará de bilhões de dólares para conseguir se reconstruir após a diminuição das inundações.

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Diante da crise, o Paquistão cancelou as celebrações deste sábado (14) relacionadas à criação do país e à independência da Grã-Bretanha em 1947. O presidente paquistanês visitou as vítimas do noroeste do país e afirmou que o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, visitaria, possivelmente, a nação neste fim de semana.

As inundações mataram aproximadamente 1.500 pessoas e integrantes de grupos assistenciais que atuam no país alertam que as doenças podem ampliar esse número. O porta-voz da ONU, Maurizio Giuliano, afirmou que foi confirmado neste sábado um caso de cólera em Mingora, cidade localizada no Vale de Suat. Há suspeitas de outros casos e os colaboradores estão atendendo agora todos os casos com sintomas de diarreia aguda como se fossem cólera.

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"O cólera é uma infecção intestinal aguda causada pela ingestão de água ou comida contaminada pela bactéria Vibrio cholerae", segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença pode causar desidratação severa e morte, caso não seja tratada no devido tempo. A contenção de focos de contaminação do cólera é considerada uma grande prioridade após enchentes.

A crise paquistanesa começou no final de julho, quando chuvas atípicas atingiram o país. A agricultura, principal setor econômico da nação, foi afetada severamente, com a perda de 700 mil hectares de terra cultivada.