O governo do Paquistão convocou na segunda-feira o embaixador britânico em Islamabad para esclarecer declarações do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, sugerindo que Islamabad não se empenha suficientemente no combate ao terrorismo, segundo autoridades.
A declaração de Cameron, feita na semana passada na Índia, causou indignação no Paquistão, levando o chefe de espionagem do país a cancelar uma viagem à Grã-Bretanha. Já o presidente Asif Ali Zardari manteve seus planos de ir a Londres nesta semana.
Uma fonte da chancelaria britânica confirmou que o alto-comissário (embaixador) Adam Thomson foi convocado para uma reunião com o chanceler paquistanês, Shah Mehmood Qureshi. Não foram divulgados outros detalhes.
Falando na quarta-feira na Índia, país rival do Paquistão, Cameron disse que o Paquistão não pode se tornar uma base para os militantes e "promover a exportação do terror" pelo mundo.
As TVs britânicas deram grande destaque às imagens de paquistaneses queimando fotos de Cameron em Karachi, e o embaixador paquistanês em Londres, Wajid Shamsul Hasan, disse ter se empenhado pessoalmente em demover britânicos de ascendência paquistanesa de realizarem um protesto contra o primeiro-ministro antes da visita de Zardari.
Há na Grã-Bretanha cerca de 1 milhão de pessoas de origem paquistanesa. Zardari participará de um comício para essa parcela da população em Londres, no sábado, depois de se reunir com Cameron na sua residência oficial rural.
A ajuda do Paquistão é crucial para os esforços ocidentais para estabilizar o vizinho Afeganistão, onde a Grã-Bretanha tem cerca de 9.500 soldados envolvidos no combate ao Taliban.
O Paquistão realiza uma ofensiva militar contra insurgentes islâmicos da Al Qaeda e do Taliban nas suas províncias da fronteira com o Afeganistão. Mas o governo está na defensiva devido a suspeitas de ligação de órgãos públicos com os insurgentes, corroboradas por documentos sigilosos divulgados na semana passada pelo site WikiLeaks.
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