O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, defendeu seu país na noite de ontem contra acusações de que ele não teria feito o suficiente para capturar o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden. "Ainda que os eventos de domingo não tenham sido uma operação conjunta, uma década de cooperação e parceria entre os Estados Unidos e o Paquistão levaram à eliminação de Osama bin Laden como uma ameaça contínua ao mundo civilizado", disse Zardari em um texto publicado pelo jornal The Washington Post.
"O Paquistão fez a sua parte" era o título do artigo, no qual Zardari dizia que o país estava satisfeito com o resultado da operação norte-americana, realizada no território paquistanês no domingo. Zardari não deu, porém, explicações detalhadas sobre como Bin Laden vivia sem ser notado em Abbottabad, um destino popular entre generais da reserva do país, a 50 quilômetros da capital, Islamabad. "Ele não estava em nenhum local onde antecipávamos que estaria, mas agora ele se foi", escreveu o presidente.
Mais cedo, o enviado do Paquistão para os EUA, Husain Haqqani, havia prometido uma "investigação completa" de qualquer falha de inteligência, enquanto congressistas norte-americanos furiosos exigiam saber como um homem condenado por matar milhares de americanos vivia sem problemas em um país que recebe bilhões de dólares em auxílio de Washington.