Os Estados Unidos disseram nesta sexta-feira que receberam permissão para usar o espaço aéreo de Cuba para voos com ajuda humanitária e retirada de pessoas do Haiti. "Estamos em contato com o governo cubano para coordenar autorizações para voos de retirada de pessoas partindo da base naval da baía de Guantánamo em direção a Miami, por meio do espaço aéreo cubano, o que diminui em 90 minutos o voo", informou a Casa Branca em comunicado.
O acordo vai permitir que aviões norte-americanos sobrevoem Cuba na rota para Guantánamo, localizada no extremo sudeste da ilha comunista. O acordo também coloca de lado décadas de animosidades da Guerra Fria entre Washington e Havana em meio aos esforços globais para ajudar os haitianos feridos e desabrigados após o terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o Haiti na terça-feira.
Os Estados Unidos têm usado a base - que se tornou internacionalmente notória como prisão para suspeitos da "guerra ao terror" - para tratamento médico de pessoas retiradas do país caribenho. A estimativa é que 45 mil norte-americanos vivam no Haiti, alguns dos quais ficaram feridos no desastre. Cerca de 160 cidadãos dos EUA foram retirados do país na manhã de ontem e cerca de 370 devem deixar o país ainda hoje, informou o Departamento de Estado.
O anúncio, hoje, pode funcionar como uma ponte aérea para melhorar o gargalo logístico em Porto Príncipe, razão pela qual os haitianos receberam apenas uma pequena parte da ajuda humanitária necessária.
- Avião com militares brasileiros feridos no Haiti chega a SP
- Planalto quer cerimônia de heróis para militares mortos
- ONU denuncia saques de alimentos estocados no Haiti
- Famosos se mobilizam para ajudar vítimas no Haiti
- Jobim teme deterioração de segurança no Haiti
- Haitianos desesperados aguardam assistência internacional
- Mortos no Haiti podem chegar a 100 mil
- Caos após o terremoto dificulta chegada de doações às vítimas
- Dia é crucial para encontrar alguém vivo