De acordo com documentos divulgados no domingo pelo WikiLeaks, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, elaborou um memorando em que aponta a Arábia Saudita como o país de onde sai a maior fatia de verbas para grupos fundamentalistas islâmicos, como o Taleban, no Afeganistão. Para Hillary, os EUA e seus aliados no Oriente Médio falharam na tentativa de interromper esse financiamento.
"É preciso fazer mais porque a Arábia Saudita continua sendo um financiador importante de grupos militantes islâmicos, como a Al-Qaeda, o Taleban, o Lashkar-i-Taiba (grupo paquistanês) e outros grupos terroristas", diz o documento secreto de dezembro de 2009, assinado por Hillary.
De acordo com Hillary, é preciso criar vontade política para que as autoridades desses países envolvidos cortem o fluxo de dinheiro. Outros países árabes do Golfo Pérsico também são importantes no financiamento aos extremistas, informaram os documentos, indicando que as autoridades do Catar e do Kuwait são displicentes em investigar e processar seus cidadãos que fazem doações a grupos extremistas.
O despacho de Hillary afirma que o Catar é "o pior país na região" em matéria de cooperação com Washington. A atitude do Catar, de acordo com o documento, é, em grande parte, "passiva" na abordagem do problema do financiamento ao extremismo, com as forças de segurança "hesitantes em agir contra terroristas manifestos" porque os governantes temem ser vistos pela população como amigos dos EUA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.