
Washington - O governo dos Estados Unidos apoiou a teoria israelense de que o governo da Síria teria incentivado protestos na fronteira entre os dois países para desviar a atenção internacional de crise interna.
No domingo, soldados israelenses mataram ao menos duas pessoas e feriram a tiros outras cem que estavam em uma manifestação supostamente sem armas.
Os manifestantes sírios a maioria refugiados palestinos invadiu a fronteira de Israel em protestos para marcar o "dia da catástrofe"(Naqba), como alguns árabes denominam a fundação do Estado judeu.
No próprio domingo, autoridades israelenses acusaram Damasco de organizar a manifestação para desfiar o foco da atenção internacional dos protestos contra o ditador Bashar Assad.
Ao todo, tropas israelenses assassinaram ao menos 13 palestinos nas fronteiras com a Síria, Líbano e Faixa de Gaza durante o Naqba.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que Israel "tem direito de prevenir cruzamentos ilegais de suas fronteiras".
Invasores
Um dia após o choque causado no país pela invasão em massa de sua fronteira com a Síria, o Exército israelense ainda fazia varreduras ontem em busca de manifestantes.
Um deles, flagrado pela tevê israelense passeando na orla de Tel Aviv, contou ter realizado um sonho que parecia impossível, visitar os pais em Jaffa (bairro da cidade). "Milhões fariam o que eu fiz", disse Hassan Hijazi ao canal 10 da tevê israelense, sem esconder o rosto. Horas depois, se entregou à polícia.
Eles participavam dos protestos para marcar o aniversário da "nakba" (catástrofe), como os palestinos chamam a criação de Israel. A maioria saiu em seguida. Foi o primeiro incidente grave na fronteira entre Síria e Israel em 36 anos.
Em discurso hoje na Knesset (parlamento), o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, admitiu "ceder partes de nossa pátria" em troca de "paz verdadeira", mas acusou os palestinos pelo fracasso das negociações. Para os palestinos, o grande feito dos protestos da "Nakba" foi destacar o espinhoso problema dos refugiados.
Desafiados, governadores da oposição refutam culpa pela inflação e antecipam debate de 2026
Trump muda jogo político da Europa e obriga países a elevarem gastos com defesa
Preço dos alimentos não cai com ameaças, mas com responsabilidade
A inflação do grotesco: três porquinhos são deixados para morrer em exposição
Deixe sua opinião