O presidente mexicano, Felipe Calderón, afirmou neste sábado que a integração dos países da América Latina será o instrumento para driblar a crise mundial e clamou por uma maior colaboração entre as nações, visando uma recuperação mais rápida das economias.
O mexicano, em visita ao Uruguai antes de viajar ao Brasil, declarou também que os países latino-americanos devem se unir para impulsionar as atrasadas negociações comerciais da Rodada de Doha.
"Se existe uma ameaça real contra o desenvolvimento neste final da grande crise, essa ameaça é o protecionismo...", afirmou Calderón em um discurso.
"Somente com uma maior integração econômica se pode retomar o caminho do crescimento", afirmou o presidente, diante de representantes dos 12 países que compõem a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi).
Calderón afirmou que a maneira de os produtos latino-americanos ganharem acesso aos mercados é aumentar a consciência sobre os problemas gerados pelo protecionismo.
"Daí a importância de nos unirmos para impulsionar a conclusão da Rodada de Doha", acrescentou.
Recentemente, foi fixada uma nova data limite para o término das negociações de Doha, que já está em seu oitavo ano de debates, para o final de 2010.
Apesar da nova meta, há dúvidas de que os países possam cumpri-la.