Após quatro dias da destituição de Fernando Lugo da Presidência do Paraguai, o país ainda se mantém dividido entre os que apoiam o novo governo de Federico Franco e aqueles que consideram que houve um golpe de Estado. O reflexo da divisão poderá ser observado nesta terça-feira, pois há manifestações dos dois grupos marcadas para as principais áreas de Assunção, capital paraguaia.
Os simpatizantes de Franco, liderados pelo secretário do Partido Liberal Autêntico (PLA), Alberto Alquino, convocaram para esta manhã uma manifestação pacífica na Praça de Armas, que fica em frente à sede do Congresso Nacional. O objetivo é mostrar que o novo governo conta com o apoio popular e tem respaldo para se manter no poder.
A reação ocorre no mesmo momento em que os que apoiam Lugo chamaram para um protesto em frente à sede da emissora da TV Pública. Desde sábado (23), o local foi escolhido como referência para os que resistem ao novo governo e defendem o retorno do ex-presidente. Ontem (25), a emissora foi ocupada por um grupo de manifestantes retirados do local por policiais.
O mal-estar gerou a retirada da TV do ar por alguns minutos. Em seguida, foram transmitidos vários programas em guarani segundo idioma no Paraguai, cujo ensino é obrigatório nas escolas. Porém, não há registros de violência. Os policiais e militares armados estão nas principais ruas e avenidas de Assunção.
Os protestos contrários ao governo são acompanhados a uma pequena distância pelos agentes de segurança. Porém, as áreas costumam ser isoladas. Nas manifestações dos últimos dias, algumas pessoas compareceram usando a camisa da seleção de futebol do Paraguai (que tem as cores branco e vermelho) e há as que preferem levar a bandeira nacional ou pintar as cores nacionais (vermelho, branco e azul) no rosto e no braço.
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