A polícia boliviana deteve um cidadão paraguaio e um ativista do distrito de Santa Cruz, fechando o cerco aos colaboradores de um suposto grupo terrorista acusado de planejar o assassinato do presidente Evo Morales, informou nesta quarta-feira (29) a mídia local.
As prisões ocorreram na terça-feira, apenas horas depois de Morales propor um pacto nacional antiterrorismo e em defesa da unidade do país, diante do que descreveu como novas tentativas separatistas lideradas por grupos "autônomos" de Santa Cruz.
O paraguaio, identificado como Alcides Mendoza Malavi, e o ativista civil Juan Carlos Gueder Bruno foram detidos em Santa Cruz e levados para La Paz para serem apresentados diante de um juiz, disse a cadeia de rádio Erbol, que citou fontes policiais.
Os jornais locais haviam informado as detenções antes, mas sem revelar a identidade do paraguaio, que, segundo Erbol, tinha o apelido de "comandante mojeño" e ajudou cinco supostos terroristas a entrar ilegalmente na Bolívia a partir do Brasil, no segundo semestre do ano passado.
Três membros do suposto comando - entre eles seu chefe, Eduardo Rozsa Flores - foram mortos em um hotel em Santa Cruz, no dia 16 de abril, em uma operação policial de que resultou a detenção de outros dois membros do grupo, um boliviano e um húngaro-croata.